Hoje começa o Campeonato Mundial de Goalball, no Centro Esportivo Miécimo da Silva (Rio de Janeiro). Goalball é um esporte para cegos, e é o mais praticado por eles no Brasil. O campeonato tá valendo vaga para as Para-Olimpíadas de Atenas (2004).

(me desculpem, é uma piada interna)

Irritação. Angústia (cismei que vai acontecer uma coisa ruim). Mau-humor. Cansaço. Saco cheio. E o sutiã está ficando pequeno.

E ainda tem gente que acha que TPM é um mito.

Comecei a ler um dos textos que peguei ontem. Chato. Começar com um chato é muito desanimador. Vamos para o segundo então. Mais chato ainda. Ai, ai, Terceiro da fila! Vocês vão acreditar se eu disser que também era chato?

Tô começando a achar que o problema não é exatamente dos textos...

Peguei alguns textos da prova do Mestrado hoje. Minha irmã fez tanta questão de mostrar ao mundo que o envelope onde eu coloquei as cópias era dela, com etiqueta e tudo, que eu comprei uma pastinha humilde para guardá-los e devolver logo o envelope (sei lá se esse envelope é feito de algum material especial, raro, que custa uma fortuna). Comprei também um caderno para fazer anotações. Amanhã vou separar os livros que podem me ajudar no projeto.

Quando eu começo a organizar tudo tão bonitinho assim, pode ter certeza que é enrolação.

Cardápio do jantar: discussão sobre pena de morte.
Eu fiquei de platéia, porque tem assuntos que eu não discuto mais. Cansa, sabe? São sempre os mesmos argumentos emocionais, sem base nenhuma. E como eu não tenho educação mesmo, me irrito facilmente, prefiro nem participar de certas discussões, pra não criar confusão e mal-estar na mesa. O empadão tava tão bom que não merecia isso.

Mas tem uma coisa. Apesar de achar que o Daniel gastou lábia e argumentos inutilmente, fiquei orgulhosa. Pra ficar perfeito, só faltou ele falar "porcos capitalistas!"
Pensando bem, se ele falasse perderia a graça, porque essa fala é minha.

Eu nem comentei sobre "Jay & Silent Bob strike back". Sabe o título em português, que eu achava tão ridículo antes de ver o filme? Encaixou direitinho.
Mas que isso eu não falo. Não merece.

Faz de conta que ela era uma princesa azul pelo crepúsculo que viria, faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos, faz de conta que uma veia não se abrira e faz de conta que sangue escalarte não estava em silêncio branco escorrendo e que ela não estivesse pálida de morte (...) faz de conta que era sábia bastante para desfazer os nós de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua, faz de conta que ela fechasse os olhos e os seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos da gratidão mais límpida, faz de conta que tudo o que tinha não era de faz-de-conta, faz de conta que descontraía o peito e a luz dourada a guiava pela floresta de açudes e tranquilidades, faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando.

(Clarice Lispector)

Estou acordada desde quatro horas. Não tenho mais sono, e mesmo se tivesse, o silêncio não me deixaria dormir. Lembrei tanto de um texto da Clarice Lispector, onde ela fala do silêncio de Berna. Mas não é só em Berna, em qualquer cidade você pode sentí-lo. Mas não basta querer. Porque na verdade, ele está dentro da gente. E é difícil falar sobre ele: como descrever? Como explicar para quem não conhece? E quem conhece não precisa de palavras para entender. Basta sentir. O que é uma benção, mas também uma maldição.

E o que eu faço para entreter essa gente toda que a Marina está mandando pra cá? Eu não sei cantar, eu não sei dançar, eu não sei nem assobiar! Mas eu sei imitar o ratinho do comercial do Bradesco, vocês querem ver? Não? Eu juro que é engraçado.

De qualquer forma, agora eu não posso fazer nada, nem escrever aqui, porque tenho que revisar o texto do projeto que a semi-analfabeta da minha "colega" escreveu (sim, a mesma que declarou "no corpo do projeto", lembram?), como se não bastasse tudo o que eu tenho pra fazer, eu tenho que ficar consertando o que essas bestas fazem, e ela ainda fica o tempo todo atrás de mim, "já acabou? já acabou?". Não, eu não acabei, e vou demorar de propósito, se você precisava disso com urgência era só ter feito um trabalho decente, nem é tão difícil, é só concordar o sujeito com o verbo e acentuar as palavras, será que é pedir demais?

Eu vou ganhar uma fita dos Batutinhas. (essa foi só pra deixar a Nanda com inveja).

Essa é pra quem chegou aqui procurando por "odeio garotinho":
Seja bem vindo! Sinta-se em casa!

Como eu temia, acabei de receber a informação que tenho que ir trabalhar hoje com a "camisa do sarado". É assim que nós chamamos o uniforme dos professores e alunos da maioria dos nossos projetos, e que tem escrito "Sarado de corpo e alma - Drogas não". No meu corpo, se torna uma dupla ironia. Toda vez que saio com ela, morro de medo de encontrar alguém conhecido, não só pela vergonha do ridículo, mas porque podem morrer de rir, e eu não quero ser responsável pela morte de ninguém.

Pan 2007

O Rio de Janeiro foi escolhido como cidade-sede dos Jogos Pan-Americanos e Para-Pan-Americanos de 2007 pela assembléia da Organização Desportiva Pan-Americana, reunida na Cidade do México. A cidade derrotou San Antonio, no estado americano do Texas.

Primeira consequência dessa notícia: tenho que trabalhar amanhã.

Tão dizendo por aí que o ratinho do comercial do Bradesco é plágio de um outro. Olha, pouco me importa. Eu adoro o Chip (ele tem nome e eu nem sabia!). Poucas coisas podem ser tão divertidas quanto minha mãe imitando o comercial.

Me perguntaram se não era melhor evitar escrever aqui coisas como o post abaixo. Afinal, estou falando de uma pessoa que trabalha comigo e que é até legal. "Um dia ela pode ler isso, e não vai pegar bem. Imagina só." Eu imaginei. E só posso dizer uma coisa: HAHAHA.
Vocês sabem quantos milhões de anos passarão antes dela conseguir usar um computador?

Eu já falei aqui da minha "colega" de trabalho que aprendeu a falar "paradigma" e usava em todas as frases, o que era muito engraçado, porque ela não tinha a mínima idéia do que estava falando. Mas achava que usando bastante a gente ia pensar que ela era muito inteligente e culta.

Agora tem outra "colega" se esforçando pra superar a primeira. Pois ela tinha que providenciar uma papelada (serviço público, vocês sabem como é), e tinha nas mãos um papel explicando como proceder. Coisa simples, bem simples mesmo, mas a gente tem que detalhar tudo, porque não dá pra saber o que se passa no neurônio solitário das pessoas. Então ela precisava escrever uma declaração de que blábláblá (não importa o que), e essa declaração deveria vir no projeto que ela estava enviando. Estava escrito nas instruções que ela devia "declarar, no corpo do projeto, que blábláblá".

Acho que todo mundo entendeu o que "no corpo do projeto" significava na frase, né? Todo mundo não. Ela escreveu a declaração assim: "declaro, no corpo do projeto, que blábláblá".

Quer dizer que existe um CD do "Pitbicha"? Se eu não tivesse visto o comercial na televisão não teria acreditado. O cara cria um personagem como esse, o que já é um atentado ao bom gosto, e acha pouco. Ele ainda grava um CD. E as pessoas entram nas lojas, tiram seu rico dinheirinho da carteira e compram. É isso mesmo?

Vou fingir que é mentira, que isso não está acontecendo, que ninguém, NINGUÉM vai comprar e/ou ouvir uma coisa dessa. Eu fico mais feliz assim.

"E aí, pai, a viagem foi legal?" "Foi ótima!" "E o hotel, era bom?" "Era! E o melhor de tudo é que tinha acesso à internet!"

Até tu, pai?

Tô indo para Saquarema.
Rezem para não chover.
Aproveitem o fim-de-semana.
Até segunda.

A maioria das pessoas que entra nesse blog através do ferramentas de busca vem atrás de brincadeiras chá de panela. Não adianta insistir, vão continar quebrando a cara. Não estou aqui para perpetuar um ritual ridículo e cafona como esse.

E imagina a festa da pessoa que veio atrás de docinhos formato homem aranha. (bem, pelo menos tem a chance de ser alguém bem humorado).

Eu não tenho paciência para faxineiras. Mas preciso delas (são duas, que se revezam semanalmente) para minha casa não virar o caos total. Com elas o caos é parcial, quer dizer, fica tudo com aparência de limpo e arrumado, mas se você observar bem não passa mesmo de aparência. Faxineira, pelo menos aqui em casa, só funciona se eu repetir a mesma ladainha toda semana e/ou ficar o dia inteiro em casa controlando. Como não tenho paciência para a primeira opção e a segunda, infelizmente, está fora de cogitação, as coisas estão saindo do controle.

Semana passada inventei de fazer hambúguer e enchi a cozinha de gordura. Minha luva de cozinha, que fica pendurada ao lado do fogão só pra enfeitar mesmo, de branca ficou cinza. No dia seguinte era dia da Penha (faxineira 1), então nem me preocupei em lavar. Nem ela, que só tirou da cozinha e deixou na área, ao lado do tanque, suja. Essa semana a Luzia (faxineira 2) recolocou a luva na parede, sem lavar. Eu tirei de lá e coloquei no tanque novamente.

Não vou lavar, claro. Quero ver até onde a cara-de-pau delas vai.

Um pouquinho atrasado, mas ainda assim tá valendo.
Parabéns, Nuno.

Acho que ninguém aguenta mais me ouvir falar no Leonardo. Porque aqui no blog foi só um post, mas na "vida real" vocês nem queiram saber.

Mas enfim, eu nunca tinha encontrado com um "ídolo". "Como não? Você já encontrou o Menudo.", Daniel fez questão de lembrar. Sim, eu era fã do Menudo (ó, não me olha assim não, porque na época isso era normal), e quando eles vieram ao Brasil eu fui à entrevista coletiva (e ao show). Tenho fotos e autógrafos até hoje. Era aniversário do Ray e nós cantamos parabéns (que emocionante, hein?). E o Ricky era tão baixinho que quase sumia atrás da mesa. E algo me diz que isso não é coisa que se divulgue. O que vocês vão pensar de mim?

O que faz uma pessoa normal que está no cofee-break de um seminário, calmamente saboreando os sanduichinhos, olha para o lado e vê o Leonardo (o jogador de futebol, é, aquele da cotovelada na Copa de 94)? Provavelmente nada. Mas eu não sou uma pessoa normal, porque eu já fui fã do Leonardo. Eu sei que ele é a cara do Collor, e aquele cabelo não se usa desde sei-lá-quando, se é que já se usou um dia, mas eu tinha uns 13 anos e estou desculpada. Além do mais, na época eu não sabia que ele era a cara do Collor, porque eu nem sabia quem era o Collor (é, faz tempo isso).

O seminário recomeçou, o Leonardo falou (muito bem, por sinal, concordei com quase tudo) e no final eu tinha várias coisas para perguntar. Coisas sérias e pertinentes, relacionadas a trabalho. E mesmo assim não fui falar com ele. Porque eu sabia que se começasse a falar eu iria acabar fazendo cara (e papel) de idiota dizendo "sabia que eu mudei de time por sua causa?".

Às vezes eu acho que eu ainda tenho 13 anos.

Minha esperança é que um dia a gente vai acordar do pesadelo e perceber que Rosinha e Garotinho na verdade não existem.

Eu não sou mais uma neta desnaturada. Aproveitei o Dia dos Pais e visitei meu avô, e foi muito divertido.
E quase compramos um Opala amarelo.

Que essa semana inteira seja alegre como o domingo.

Boa semana para vocês.

Evandro Teixeira.

Na verdade, eu já parei de me preocupar. Sei que não devia fazer isso, mas já fiz. Eu não tenho condição de resolver todos os meus problemas, então simplesmente não vou resolvê-los. Vou ignorá-los. Vou fingir que não existem e dane-se.

Muito sensato e maduro.

Segundo minha mãe, eu não tenho nada. Nada físico. Eu estou é cansada, estressada, esgotada, e tive uma crise nervosa. Preciso descansar, relaxar, passear, parar de me preocupar. Parar de me preocupar. Parar de tentar fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora.

Sabe aquele ditado, "coração de mãe não se engana"? Pois é.

Mas como eu consigo relaxar, mesmo sendo sábado, quando a segunda-feira está logo ali? Não dá. Sabe a única forma d'eu relaxar agora? Raspar minha conta do banco, entrar numa agência de viagem e comprar a passagem pro lugar mais longe que der. Qualquer coisa menos radical do que isso simplesmente não vai adiantar.

Assim que minha cabeça parar de doer eu volto a escrever aqui. Porque ela está doendo de verdade.
A cabeça e o resto do corpo também. Tudo. Tudo mesmo. Por dentro e por fora.

Eu só quero ficar aqui, quietinha, sem precisar ser forte. Eu quero o direito de ser fraca pelo menos uma vez. Quero ser mimada.

E quero que isso passe logo.

"Morrer deve ser assim: por algum motivo estar-se tão cansado que só o sono da morte compensa. Morrer às vezes parece um egoísmo. Mas quem morre às vezes precisa muito."

"Quanto mais quente melhor" em DVD. O botão de "comprar" tá aqui, olhando pra mim, insistindo pra eu clicar nele. Mas eu sou forte e estou resistindo. Principalmente porque ainda não comprei a caixa do Woody Allen.

Quando é o sorteio da Mega Sena mesmo, hein?

"Toma um licorzinho, minha filha". Eu não gosto muito de licor, ainda mais licor de passas, que eu nem sabia que existia, mas minha mãe insiste. Quando aproximo o copo da boca, sinto o cheiro. "Mãe! Isso é cachaça!".Olhamos o rótulo da garrafa, e tá lá: cachaça, passas e açúcar. "Melhor ainda! Cachaça é bom pra gripe." Eu não estava gripada (mas isso é detalhe, vê se minha mãe vai se prender a detalhes). Depois de tomar puro, ainda insistiram pra eu misturar o "licor" no chocolate quente. Ficou muito bom. Mas tô suando até agora.

Bom domingo para vocês. Segunda-feira é um dia mais difícil porque é sempre a tentativa do começo de vida nova. Façamos cada domingo de noite um reveillon modesto, pois se meia-noite de domingo não é começo de Ano Novo, é começo de semana nova, o que significa fazer planos e fabricar sonhos. Meus planos se resumem, para essa semana nova, em arrumar finalmente meus papéis, já que a governanta eu não vou ter mesmo. Quanto aos sonhos desculpem, guardo-os para mim, como vocês guardam, com o olhar pensativo, de quem tem direito, os próprios.

(Clarice Lispector)

Pulos da Rosinha derrubam palanque do Garotinho.

Eu ri MUITO com essa cena. Depois fiquei pensando que alguém podia ter se ferido, e que não tinha nada a ver ficar rindo disso. Mas vejam bem a Rosinha. Eu tenho que rir.

Tô escrevendo pouco aqui, mas não é por falta de assunto. É falta de tempo mesmo. Junto com a notícia do adiamento do congresso, fiquei sabendo que amanhã vou passar a tarde em Realengo, em visita a um projeto. Tô tentando organizar minha vida, mas tá difícil. Sei que se eu não começar a estudar agora pro mestrado, vai ficar complicado. Estou com idéias na cabeça, mas preciso de calma para organizá-las. Nem é só falta de tempo, parece que eu estou acorrentada, sem motivação, não consigo andar pra frente.

Estou presa no dia da marmota.

Eu estava toda feliz com a possibilidade de ir para Porto Alegre (participar de um congresso) esse mês e agora recebi a notícia de que o congresso foi adiado para o final de novembro. E minhas chances de ir diminuíram consideravelmente.

Lá se foi minha oportunidade de usar meu casaco novo e minha jaqueta de couro (que pelo visto vai morrer virgem, coitadinha).

Como está feio isso aqui. Meu logo e minhas figuras estão fora do ar, porque estamos mudando de servidor. Acredito que amanhã já estará tudo OK.