Meu irmão passa uma semana viajando e não me telefona nem uma vez. Quando volta, me convida pra almoçar e dorme até 4 da tarde. Depois me telefona e pergunta se eu sei fazer bolo de fubá. "Faz pra mim. Se não souber, pode fazer mousse de chocolate mesmo". Pior é que eu vou fazer (claro!). Estou virando irmã de malandro. Que destino.

É tão agradável trabalhar numa sala em obras. Primeiro foi a fase do caos total: mudaram o chão da sala com a gente trabalhando lá, não me perguntem como. Depois a da barulheira (martelos etc) e muita, muita poeira. A terceira, e mais irritante: revestimento de algumas paredes com "folhas" de madeira (com direito àquele barulhinho de parede sendo lixada, que realmente conseguiu me tirar do sério; cheiro de cola de madeira e verniz). Agora estão pintando paredes e teto. Pra ninguém morrer com o cheiro, o ar-condicionado fica desligado e as janelas abertas, e como o andar é baixo, a sensação é de que minha mesa está no meio da Av. Presidente Vargas.

Sem falar que só tem um banheiro no andar. E vários homens sem mira.

Não é incrível que eu consiga manter o bom-humor?

Gol de placa
Escolinha para 3.500 alunos da rede municipal reúne 55 ex-jogadores em projeto da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer

Eu não vou copiar a matéria inteira aqui, porque tenho certeza que vocês vão clicar aqui e ler.
Não me decepcionem.

O problema de morar no Rio é que, por mais que faça "frio", nunca é o suficiente para eu usar minha linda (e virgem) jaqueta de couro.

Fui falar de frio e lembrei do boiler. Será que ainda existe esse tipo de aquecedor? Um dos grandes mistérios da minha infância era o bendito boiler que tinha na casa da minha avó em Petrópolis. Eu não entendia o mecanismo, mas sabia que era bom ser a primeira da fila do banho, porque funcionava assim: o primeiro tomava banho bem quente; o segundo, quente; o terceiro, morno; do quarto em diante era banho frio. E no inverno isso não era nada legal. E os banhos nunca podiam ser exageradamente demorados (como eu gosto), porque os adultos ficavam gritando: "anda logo com esse banho, senão vai desarmar o boiler!". E depois que "desarmava", demorava pra funcionar de novo.

Depois meu avô colocou um chuveiro elétrico e perdeu a graça.

Bem depois ele vendeu a casa de vez. Aí sim perdeu completamente a graça.

Essa semana eu revi Annie Hall. Acho que esse DVD foi a minha aquisição recente que mais valeu a pena (junto com Manhattan), porque eu nunca mais vou parar de ver esse filme. Gosto de filmes que despertam sentimento diferentes a cada vez que eu assisto. Eu nunca tinha encarado Annie Hall como um filme triste. É claro que, sendo sobre um relacionamento que não dá certo, tem seus momentos melancólicos, mas o que sempre ficava mais forte pra mim era a época feliz da Annie com o Alvy Singer (Woody Allen), e as cenas engraçadas. Mas dessa vez, quando o filme acabou, eu só conseguia pensar: "que triste!"

Não sabia que mudar os móveis de lugar fosse tão bom para o humor. E, como benefício adicional, ganhei uma sala novinha sem gastar um tostão.

Odeio pessoas que mentem. Odeio quando me fazem de palhaça. E me odeio quando penso duas vezes e decido não revidar.

E quem não é?

Às vezes eu acho que eu estou me enganando com essa história de fazer mestrado, retomar meus planos, etc. Fico falando como se fosse algo simples, mas não é, nem um pouco. Estou lutando comigo mesma pra não desistir dessa vez.

Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

(chico buarque)

"Escorpião de Jade": cansativo, arrastado, repetitivo. Mas tem bons momentos, porque Woody Allen é Woody Allen. Mas acho que ter "bons momentos" é muito pouco, quando eu lembro que ele já fez filmes como Mannhatan, Annie Hall, Sonhos de um sedutor, A Era do Rádio, e tantos outros grandes filmes, que me marcaram tanto. Por isso a frustração com seus últimos filmes (principalmente Celebridades), onde parece que ele está apenas cumprindo contrato: porque eu sei que ele pode muito, muito mais.

Eu vi "O Escorpião de Jade", do Woody Allen. Mais tarde eu comento com calma. Mas posso adiantar que foi o primeiro filme dele que eu achei cansativo.

Ontem fui ao lançamento do livro "Os Reis do Futebol", na Biblioteca Nacional, e lembrei do tempo em que eu passava as tardes pesquisando em bibliotecas e arquivos. Se meus planos derem certo, em breve estarei fazendo isso novamente.

Depois de muita enrolação, comecei a ler hoje "O sol também se levanta" (Ernest Hemingway).

E estou pensando seriamente em tentar o mestrado no final desse ano. Preciso estudar e "inventar" um projeto. Mesmo que não dê para fazer o curso ideal, "dos meus sonhos", vou fazer o que é possível no momento.

E quero também retomar projetos antigos que foram abandonados com o tempo. Melhor do que se lamentar é arregaçar as mangas e fazer. Parece óbvio, mas nem sempre é tão fácil quanto falar. Mas agora estou sinceramente disposta a ir até o fim.

Rebelião no Presídio Talavera Bruce

E pensar que até mês passado minha irmã trabalhava lá, ministrando cursos para as presas. E a gente sempre ficava com aquele temor de que acontecesse alguma coisa quando ela estivesse lá; mas por outro lado, eu admirava muito o trabalho que ela fazia. E a coragem também, que sinceramente eu não sei se eu teria.

update: Acho melhor deixar claro que eu NÃO SOU tricolor. Esse post foi só uma homenagem ao Daniel.

"Mas permanece a impressão de que David Lynch é um vigarista que complica quando não sabe explicar". - Rubens Ewald Filho:
Vigarista é o Rubens Ewald, que acha que para entender de cinema basta ter uma memória boa.

Tiro atinge Secretaria Municipal de Esportes e Lazer

Um tiro atingiu a vidraça da Secretaria Municipal de Esportes, que dá frente para a Avenida Presidente Vargas, e os estilhaços feriram um funcionário.
Talvez eu nem desse atenção a essa notícia, afinal seria apenas "mais uma" notícia sobre a violência no Rio, se a sala atingida não fosse exatamente a sala onde eu trabalho.

Tem mais aqui e aqui.

Catupiry. Calabresa. Marguerita. Quatro queijos. Portuguesa. Presunto. Chocolate. Banana. Goiabada com catupiry.
Quem consegue dormir depois de tanta pizza?
Três vivas para o inventor do rodízio! Viva! Viva! Viva!

Eu não tenho mesmo vergonha na cara.

Relendo os dois últimos posts percebi que nem parece que foram escritos pela mesma pessoa.
De certa forma, não foram mesmo. E se fossem só duas pessoas convivendo aqui dentro, eu nem me importaria. Porque duas pessoas eu conseguiria controlar.

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu.

Pois é.

Hoje eu estava me sentindo tão bem que trabalhei até quase sete da noite e nem reparei que o tempo passou. Acho que foi porque meu cabelo milagrosamente acordou bonito, e a primeira roupa que eu experimentei de manhã ficou boa. Quando isso acontece nada que aconteça durante o dia consegue me aborrecer.

Mas não era pra eu ter vergonha de contar isso?

Eu queria muito ir ao show do RPM, mesmo não fazendo a mínima idéia do que eles tocam hoje em dia, mas não queria tanto a ponto de pagar 25 reais. Tem um cartaz lá no Canecão dizendo "show com 3D"... mas pra mim era melhor ser mais barato e não ter nenhuma dessas frescuras. Como disse minha irmã, "eu só quero um show casquinha de morango".

Eu quero um show casquinha de morango em que eu possa gritar: "Luís, estique a mão!"

Como o Garotinho é cara de pau. Enche a boca pra falar que construiu um complexo paraolímpico em Niterói. Sim, um complexo paraolímpico que custou mais de 3 milhões de reais para uma associação presidida por uma deputada que, por coincidência, trocou de partido e se aliou ao Garotinho.

E se orgulha de atender, com seus projetos esportivos, 15 mil pessoas no Estado do Rio de Janeiro. Em TODO o Estado. Ele devia ter vergonha, isso sim.

Escrever pro Cocadaboa reclamando de uma matéria publicada no site (e pedindo pra matéria ser retirada do ar) é pedir pra ser sacaneado. Mas tem gente que faz isso, e a resposta acaba sendo mais divertida do que a matéria original.
Não sabe brincar, não brinca. Não quer ser sacaneado, não saia na rua fantasiado de Jedi.

Ridículo a Cida forçando o choro, fingindo que está triste porque o Thyrso foi eliminado e ela não.

Sim, eu vejo BBB.

É só comigo ou o Blogger também está de sacanagem com vocês?

Este mês recebemos a conta de luz mais barata desde que nos mudamos. Por mim, o "inverno" pode durar para sempre. Meu bolso agradece.

No post aí de baixo eu disse que ouvi uma conversa "sem querer", e insinuaram que não foi tão sem querer assim. Mas foi. Eu não tenho culpa se as pessoas falam alto e eu escuto. Confesso que eu presto mesmo atenção na conversa dos outros, pois se elas não se preocupam em falar baixo, não sou eu que vou me preocupar em não ouvir.

Mas olha, eu já melhorei bastante. Agora eu só escuto, eu não me intrometo mais. ;)

Pior do que as pessoas que falam alto são aquelas que vêm te contar coisas pessoais sem você perguntar. Eu devo ter cara de analista, ou de confessionário, porque as pessoas sempre vem me contar coisas não solicitadas (mais ou menos como eu faço com vocês aqui nesse blog, pensando bem). E não é pra pedir conselhos nem nada, eu acho que é só pra puxar conversa. Como a menina que começou a trabalhar comigo há apenas uma semana e já veio até a minha mesa dizer que na noite anterior tinha dormido no sofá, porque o marido blablabla. Notem que eu estava na minha mesa, quieta, e ela veio voluntariamente me contar a vida dela. Depois meus pais e irmãos dizem que eu sou fofoqueira, só porque sempre sei tudo da vida de todo mundo. Como se a culpa fosse minha.

Estou eu calmamente experimentando roupas numa loja e sem querer ouço a conversa da cabine ao lado:
"Filha, experimenta esse vestido aqui."
"Ah mãe, esse é muito simples. É muito casquinha de morango."

Casquinha de morango?
Definitivamente eu estou ficando velha.

O que pode ser pior do que almoçar ao lado de uma mesa com vinte mulheres histéricas? Demorei pra entender porque elas gritavam tanto: era uma chá de panela. Um chá de panela num restaurante a quilo. Aquelas mulheres conseguiram o que eu considerava impossível: transformar um chá de panela em algo mais constrangedor e patético do que ele já é naturalmente.

Por que pilhas custam tão caro? Ontem eu passei no camelódromo e me assustei, pensei que os camelôs estavam me roubando ao cobrar cinco reais por 4 pilhas Duracell. Não comprei porque pensei que nas lojas não devia ser tão mais caro assim. Fui procurar em lojas e só achei por mais de onze reais. Onze reais! Eu achava que pilha fosse algo baratinho. Resultado: tive que voltar ao camelódromo pra comprar, o que não seria nada demais se eu não estivesse usando um sapato que não é exatamente confortável.

De lá fui encontrar o Daniel e a Nanda no Bar Luiz, onde eu deveria ir mais freqüentemente pra não confundir essa água suja que os bares vendem por aí com chopp. Como é bom tomar um chopp de verdade!

Ficamos tão entretidos com o casal bizarro e com o chopp cru que só quando estávamos saindo percebemos que a Sônia Braga estava lá.

Meu avô me mandou um livro de receitas. Antes que vocês digam "só podia ser presente de avô", aviso que eu adoro livros e revistas de culinária. Mesmo que raramente faça aquelas receitas, adoro ver as fotos e ler sobre o preparo dos pratos. Mas eu não gosto de receitas muito complexas, gosto daquelas que eu poderia fazer, se quisesse. E às vezes eu até faço.
Bem, mas tudo isso é só pra falar sobre a dedicatória que veio no livro: "do seu avô esquecido". Sutil, não?

Meu outro avô fez uma boa tentativa na Páscoa: comprou um ovo pra mim e disse que não ia mandar pelos meus pais, que eu tinha que ir lá buscar. Eu vou. Eu juro que eu ainda vou.

Nossa, fiquei até com vergonha agora. Que neta sem coração.

Google! DayPop!
blogchalk, Portuguese, Brazil, Rio de Janeiro, Laranjeiras, Angelica, Female, 26-30

(pra entender, clique na bonequinha ali do lado, acima dos links)

O que é a necessidade de escrever versos
senão a vergonha de chorar?
(Fernando Pessoa)

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Tem um texto do Daniel no SpamZine.
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110 anos de Copacabana

Vocês já repararam que a Dercy Gonçalves sempre responde as mesmas coisas nas entrevistas, não importa a pergunta?

Eu não entendo porque as pessoas sempre se espantam quando eu digo que não tomo café. E ficam querendo que eu prove. Como se eu precisasse de mais um vício na vida.

"O médico disse que eu tenho que fazer uma caminhada de uma hora todo dia". "E você tá fazendo mesmo mãe? Jura?" "Estou! Mas nos dias em que eu não posso ir eu coloco um CD e danço uma hora de forró."

Essa é a minha mãe.

blogChalking

Ontem foi a pré-estréia de Um Grande Garoto. Eu não sei escrever sobre filmes (e eu sei escrever sobre alguma coisa?), se tivesse que ser crítica de cinema iria morrer de fome. Portanto, tudo que posso dizer é que o filme é bom. Ponto.

Mas preciso falar do Hugh Grant. Todo mundo falou mal antes de ver o filme e agora vão quebrar a cara, porque ele está ótimo no papel do Will. Vejam o filme. Aproveitem e leiam o livro. Estou falando sério, leiam mesmo. E já que estão com a mão na massa, leiam logo os outros livros do Nick Hornby também.

E finalmente eu vi Cidade dos Sonhos.

Um dia minha mãe encontrou um livro do J. Carlos na lixeira do prédio. Eu fico imaginando que tipo de pessoa joga um livro na lixeira. Dá até vergonha de ser vizinha de pessoas assim. Eu adoro os desenhos do J. Carlos, principalmente os sambistas (como esse aí do lado) e as "melindrosas". Um dia eu ainda terei vários livros com ilustrações dele. Enquanto isso não acontece, alguém sabe me dizer onde eu encontro essas imagens na internet?

Se alguém encontrar minha voz por aí, favor devolver. Está fazendo MUITA falta.

Eu acordei rouca e fiquei até um pouquinho feliz. Antigamente eu ficava rouca frequentemente, minha voz natural até era um pouco rouca, e eu achava isso lindo. Até que um dia apareceu uma fonoaudióloga dizendo que eu tinha era problema nas cordas vocais. Que decepção. Fiz tratamento, aprendi a usar minha voz, posso até virar uma grande atriz e cantora agora, mas nunca mais fiquei rouca. Então, quando ouvi minha voz hoje eu disse "hmmm, que sexy! ;)
Mas agora que eu estou ficando completamente sem voz, já perdeu a graça.

Nunca vi morangos tão cheirosos e tão gostosos.
Minha cozinha ficou toda cheirando a morangos.

Toda vez que eu passo pelo Largo do Machado eu me pergunto: quem compra tanta cocada? Umas cinco barraquinhas, cheias de cocada, e eles não param de fazer mais, ficam aqueles tabuleiros cheios, empilhados no fundo das barracas.

Eu não resisti e perguntei: vocês vendem essas cocadas TODAS? Acho que ela não entendeu: "tem que fazer sempre, porque o pessoal gosta quentinha". "Mas eu perguntei se vocês vendem todas! Se o pessoal só gosta das quentinhas, vocês conseguem vender essas dezenas que ficam frias?" "É, o pessoal gosta das quentinhas". Tá bom, já que não dá pra conversar, me vê uma de leite condensado.

Será que eles reciclam as cocadas frias? Jogam na panela, derretem e fazem novas? Será que essa cocada que eu estou comendo está indo e voltando da panela há duas semanas?

Hoje eu fui trabalhar vestida de Marianne, a personagem da Anna Karina no filme que eu vi ontem.
Não fiquei muito parecida, por motivos óbvios. Mas o que importa é a imaginação. Se você tem imaginação você pode andar pela Presidente Vargas achando que está numa praia no sul da França. Ai, ai.

Dormir sem hora pra acordar. Cinema. Morangos.
Ah, se todos os dias fossem assim...

E aquela "homenagem" da Globo, hein? "Nós ganhamos a Copa porque as outras seleções eram times, a nossa era a pátria".
Ah, vá, me poupem dessas baboseiras.

Quanto o Faustão ganha? Muitos reais. Não sei quantos, mas tenho certeza que são muitos mesmo. E o que ele faz? Trabalha um dia por semana! Faz meia dúzia de piadas sem-graça, enche o bolso e vai pra casa. Não precisa nem aparecer em outros programas da Globo. Nada, nada, nada. Não é à toa que ele acha todo mundo "uma pessoa maravilhosa", "um exemplo de ser humano". Com a vida que ele tem, eu também acharia todo mundo lindo.

Post rapidinho só pra não passar em branco:

É PENTA!!!

Ataque dos Clones: vi ontem. Verei hoje de novo (oh, meu Deus, quando foi que eu fiquei tão nerd assim??).
Depois eu conto. Agora eu preciso trabalhar.